17.8.08

20a Bienal



Ontem tive o prazer de comparecer à 20a Bienal internacional de livros em SP.
Confesso que surpreendi-me quanto ao comparecimento e aparente entusiasmo de brasileiros ao anhembi neste sábado, cada qual com suas sacolinhas básicas de compras ( a maioria dos produtos devia ser exemplar brinde; julgo por mim mesma! hehe). É animador presenciar o interesse de tantos brasileiros em um evento rico, imparcial como esse.
Convenhamos que as estatísticas reais ainda não oferecem resultados animadores quanto ao hábito de leitura e a aquisição de obras (literárias ou não) por parte de cidadãos brasileiros, mas, por alguns momentos minha excitação se manteve estável. Pense bem, quantas crianças, adolescentes e adultos não permaneceram uma tarde de domingo distante de video games e porcarias do gênero? Enfim, esperançosamente, algum dia presenciaremos reduções no custo de obras literárias por consequência de uma demanda aquecida e disposta a gastar com o que realmente é válido, porque na atual conjuntura do país, tá difícil comprar livro.
Eu não resisti, presenteei-me com um super sedutor dicionário visual - Português, Espanhol e Inglês - de 620 páginas da SBS. Como o aniversário do meu velho preferido está se aproximando, aproveitei a ocasião para resguardar-lhe um atlas geográfico intitulado "terra e o universo" como presente. Na verdade meu desejo era fechar os olhos e levar um globo terrestre estonteante de uns tantos reais, mas enfim, meu bom senso alarmou-me quanto à imprudência do ato (e principalmente quanto à cara de "u must b kidding" do velho ao tirar o saldo bancário).
Às 16 hs comparecemos a uma premiação de tradutores prosseguida de mesa redonda sobre tradução específica.
Minhas suspeitas de pavor por etiqueta e eventos ultra-formais se concretizaram... e o amedrontamento só se estabilizou quando lembrei estar estudando para viver ocasiões semelhantes. Aos poucos fui rendida pela qualidade das discussões e espantosa modéstia por parte dos componentes da mesa, todos respaldados por décadas de exercício da profissão e incontáveis cabelos brancos.
Apesar do curto prazo foi válido o acontecimento. Tempo o suficiente pra ter certeza que tradutor merece ser extremamente bem remunerado e que ainda há muito o que correr atrás.
Falando nisso... amanhã é segunda! Abraços, saudoso leitor proletário.

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