21.11.08

Juliano.


Dias atrás, deitada na cama ao som da rotação reclamona de um ventilador chato e pouco satisfatório quanto à sua função social de ventilador, liguei meu mp3 e uma das músicas procedentes me entorpeceu de saudades, lembranças e aceleração cardíaca. Essa música chama-se Save me, de uma banda chamada Remy Zero.

Em 2006, poucos dias ou no máximo meses após empacotar minhas tralhas e me mandar pra um vilarejo setentrional americano desse planeta eu conheci o Juliano Garga. Creio que o conheci pegando carona. Não lembro exatamente da ocasião desse primeiro dia, mas certa estou de que eu não imaginava, até aí, estar diante do cara que mais valeria a pena conhecer naquele lugar.
A empatia foi instantânea, compartilharíamos os sentimentos mais típicos de nossa condição de aliens a 10 000 Kms longe de casa.
Por alguns períodos não mantivemos contato próximo, o trabalho, aliás, o American way of life preponderante sobre nossas vidas não permitiria tamanha regalia, contudo, vira e volta a gente encontrava uma maneira de burlar o sistema e aprontar algumas.
Os desabafos eram freqüentes, a eloqüência também. Éramos, de certa maneira, cúmplices. Cúmplices nos vícios e nas virtudes.
Éramos casualmente assíduos ao Friendly’s, ao Maine Mall, ao Sebago Lake, a Old Orchard e chegamos a arriscar uma praia numa noite fria de inverno, mas a permanência no local não foi possível devido a uma terrível disfunção intestinal da parte do meu organismo (tô virando mestre em eufemismos). Acho que dessa nem você sabia, né Ju? Pois é... eu me lembro terrivelmente bem daquela noite! Hehe
Outras situações também vêm ao caso. Entre elas a nossa expulsão do terraço do Prudential building devido à tietagem panorâmica (admito, da minha parte também). Vale ressaltar a noite insensata de entra e sai em boates, uma delas com direito a Pole dancing e muito vídeo, procedida de uma caminhada de embriaguez (agora da SUA parte), cachorro quente na calçada, “seven eleven” e à entrada escondida em um hostel downtown.
Depois disso tivemos tempo apenas de optar por uma ida nada planejada à Nova York, caracterizada por uma mochila nas costas, uns trocados no bolso e como dormitório o saguão de embarque da Port Authority.
Só pra deixar registrado, nossa recepção no Central Park foi um tanto quanto ERÓTICA, não é verdade, Garga? Será que você vai se lembrar disso? ... Um incólume indivíduo buscando prazer de maneira autônoma em plena entrada do parque.
Jú, agora sem metáforas nem indiretas. Mal posso esperar pra te rever e sair por aí com uma mochila nas costas, uns trocados no bolso e um destino bem incerto.
Esse ano com certeza você renasceu ... aconteceram milagres na sua vida como eu nunca presenciei na vida de ninguém, e eu só posso exclamar com toda certeza que o mundo precisa de você, da sua coragem, da sua honestidade, da sua sabedoria, da sua simplicidade, das suas ideologias e da sua coragem às ultimas conseqüências.
Eu amo você. Prezo cada minuto de história que tivemos. Estarei sempre na torcida estérica pelo seu sucesso.

1 comentários:

Unknown disse...

O Te..
sem palavras e com olho cheio de lagrima, unica coisa q posso falar no momento é que te amo demais..
E sempre amarei, todos os momentos estão fixados no meu coração e na minha mente.
Te amo amore.